segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como um Aluno Disléxico Aprende? Intervenções e Orientações do SEAA











os direitos dos alunos disléxicos


Se analisarmos todas as legislações vamos ver claramente que ficou sob a responsabilidade da escola e de toda sua equipe a definição do projeto de educação, de metodologia e da avaliação, desde que seja contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período a serem desenvolvidas. Abandonou detalhes para agarrar-se ao amplo, ao abrangente. Educação vista como um processo de permanente crescimento do educando, visando seu pleno desenvolvimento, onde conceitos, menções e notas devem ser vistos como meros registros, prontos a serem alterados com a mudança de situação.
E, nessa busca do pleno desenvolvimento e do processo do educando, estão presentes outros objetivos que não só os de dimensão cognitiva e os de natureza sócio-afetiva e psicomotora, que igualmente precisam ser trabalhados e avaliados.
O cuidado deve estar é no uso que se pode fazer desta avaliação, não a dissociando da idéia do pleno desenvolvimento do indivíduo, principalmente em situações de dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, em que o aluno aprende, mas não demonstra pela leitura e pela escrita.


E os professores precisam ir muito além de um olhar para avaliar, levando em conta que as dificuldades, defasagem, comprometimentos tem inúmeras causas e nem sempre configuram um aluno considerado ANAEE. Compreenderem o problema da criança disléxica para que não seja taxada de “preguiçosa” ou estúpida”, mas, facilitadores de intervenções apropriadas e fonte de apoio emocional.
Afinal como bem destaca Bauer (1997)

Ensina do jeito que ele aprende


(…) se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende! (Bauer, 1997)



A dislexia não impede é impedimento para a aprendizagem. São comum professores que tem alunos disléxicos  e não sabem que são disléxicos, dizerem: "Eu não entendo, ele sabe tudo, consegue entender questões e abstrais antes de todos os outros na sala… mas quando vai escrever ou ler…”
Em geral, os disléxicos são pessoas criativas e não raro possuem inteligência acima da média. Muitos se destacam na música (o cantor John Lennon), nas artes cênicas (o ator Tom Cruise), nas artes plásticas (o genial Vincent Van Gogh) ou nos esportes (jogador Magic Johnson).

                                                                                                     
Mesmo talentosos, os disléxicos costumam ser rotulados de preguiçosos ou apontados como problemáticos, o que pode causar outros danos, do ponto de vista
emocional, costumam ter baixa auto estima, por terem consciência da dificuldade, que muitas vezes nem eles mesmos entendem.
                                               
As intervenções dos professores devem ser:
- atendimento individualizado, pois assim será mais fácil o seu aprendizado.
-evitar tratar esse aluno diferentemente dos demais, jamais ressaltar as dificuldades diante de todos e nem corrigi-lo diante de outros.
-demonstrar compreensão e pacientemente ouvir a criança, deixando-a livre para expor seus pensamentos;
- o professor deve estar atento aos comportamentos dos alunos, para perceber se existe algo que o impeça de aprender para poder assim, encaminhá-lo aos profissionais competentes (como acuidade auditiva e/ ou visual, psicológica...
- usar o lúdico, pois os jogos facilitam a aprendizagem para os disléxicos, e os outros também.
-não forçar o aluno com dislexia a fazer as suas lições, principalmente quando este estiver muito nervoso.
- atividades de situações problemas ajudarão na compreensão, quando o professor trabalhar com o concreto.













                                        
Estratégias que ajudam
-Usar forma escrita enfatizando o som e o movimento, ele precisa;
Falar-Ler-Ouvir-Escrever
- Método fonético, montagem de manuais de alfabetização, material concreto, desenhar
- Gravador, calculadora,  material dourado, máscara para texto, letras com textura
- Não forçar leitura em voz alta .
- Coloque sentado perto da professora e da lousa
- Acompanhar suas anotações
- Oferecer lápis de cor para diferenciar as linhas
A Dislexia não é curada sem um tratamento apropriado, não é superada com o tempo, não pode passar despercebida. Precisam ter oportunidade e tratamento adequado.


O aluno disléxico deve ter um currículo adaptado, um atendimento complementar com uma Equipe de Apoio Pedagógico, ser trabalhado, constantemente  na sua auto estima.
Avaliação
Avaliar na oralidade, não force a copiar do quadro, tenha sempre uma atividade para executar enquanto os demais copiam. Ele não precisa saber tudo, (adaptação curricular) priorize o essencial. Não dê sua nota em voz alta
Essas são as recomendações dos psicopedagogos e da ABAD (Associação Brasileira de Dislexia)

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